G 1 Santarém/Região
Cerca de 400 servidores públicos do município de Oriximiná, oeste do Pará, entraram em greve por tempo indeterminado por volta de 7h30 desta quinta-feira (5). Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público (Sindsmor), Vânia Oliveira, somente os serviços de urgência e emergência do hospital municipal, único com atendimento na cidade, estão funcionando.
Na manhã de quarta-feira (4), os trabalhadores fizeram uma paralisação de alerta, seguiram em caminhada pelas principais ruas eocuparam a Câmara de Vereadores. A comissão permanente de negociação chegou a reunir com o juiz da Comarca de Oriximiná, Dr. Daniel Ribeiro. Nesta quinta, foi realizada outra mobilização a partir das 8h30 com parada em frente ao prédio da prefeitura, da Câmara, do Fórum, da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Educação. “Vamos caminhar pela cidade para convocar a sociedade para se unir a nós porque nossa luta é por melhoria para sociedade. Prestamos serviços públicos para sociedade. Queremos alertar para as nossas problemáticas”, ressalta Vânia.
Os trabalhadores reivindicam revisão anual de salários, discussão das perdas salariais dos últimos 15 anos, Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR), ajustes na Secretaria de Finanças para que haja o encerramento da receita, que segundo o sindicato, está estagnada há 10 anos e melhoria em todas as áreas.
Segundo a coordenadora geral, o hospital do município passa por problemas sérios. A unidade possui 30 leitos, mas a quantidade de pacientes internados ultrapassa a capacidade. Ela afirma que na madrugada desta quinta, durante a troca de plantão dos funcionários, foi informada que não havia comida suficiente. “Os alimentos que temos não são suficientes para a demanda do hospital, foi preciso uma servidora tirar dinheiro do próprio bolso, para comprar dois quilos de carne para a alimentação dos pacientes”, ressalta.
Postos de saúde e cerca de 90% das escolas da área urbana estão com serviços paralisados. Uma equipe deve seguir para a zona rural nesta quinta para informar sobre a paralisação.
Às 17h, o movimento fará panfletagem pelas ruas da cidade.
O G1 tenta contato com a Prefeitura de Oriximiná desde a terça-feira (3), mas ninguém atende as ligações.
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